sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Joba Tridente: Bicho del Pie

Bicho-de-Pé é um poema de 1975. Esteve nas páginas do opúsculo 25 Poemas Experimentais (1999), do Jornal NICOLAU 35 e por aqui, em 2013. Ele é de um tempo (difícil) de becos, ciladas, sombras, cabrestos, quando, insensato que era, eu teimava na palavra..., verbo insistente que me volta como hoje (em dia) e me pega distraído, como se ainda ontem, à espera de mudanças.

No dia 2 de novembro de 2015, o amigo escritor Marcelo Gonzales, da Comunidade Literária Amigos de Marcelo Gonzales, me surpreendeu ao traduzir Bicho-de-Pé para o espanhol. Grato pela honraria, compartilho a sua tradução Bicho del Pie com todos os leitores. Confira o poema em espanhol e em português.


                   

BICHO DEL PIE
Joba Tridente
tradução de Marcelo Gonzales

mira hacia tu zapato
comiendo el polvo del SUELO
y ….
ensuciando todo tu pie
tan ALBO (a la mosca)
o ….
tan NEGRO (al escarabajo)
………………………………………………..................
te tomó un BICHO del PIE
…………………………………………………...............
                ahora sé que tardarás en llegar a la ciudad



BICHO-de-PÉ
Joba Tridente

olha para o teu sapato
comendo a poeira do CHÃO
e...
sujando todo o teu pé
tão ALVO    (à mosca)
ou...
tão NEGRO  (ao escaravelho)
................................................................
pegaste o BICHO-de-PÉ
................................................................
             agora é que tardarás a chegar à cidade


 *
ilustração de Joba Tridente.2015


Marcelo Gonzales: Escritor. Actualmente reside en la ciudad de Resistencia, Argentina. Libros escritos: tres novelas (La hojarasca, el viento y la hortensia; Memorias del Camposanto y Las aventuras del brezo) y cuatro poemarios (Poesía Autorizada; El cubo Rubik; El Bhúo de Ebano y XLV). Próximamente en librerías ESCRIBIR POR SI ACASO, (libro de poemas edición 2015).

Joba Tridente em Verso: 25 Poemas Experimentais (1999); Quase Hai-Kai (1997, 1998 e 2004); em Antologias: Hiperconexões: Realidade Expandida (2015); 101 Poetas Paranaenses (2015); Ipê Amarelo, 26 Haicais; Ce que je vois de ma fenêtre - O que eu vejo da minha janela (2014); Ebulição da Escrivatura – 13 Poetas Impossíveis (1978); em Prosa: Fragmentos da História Antropofágica e Estapafúrdia de Um Índio Polaco da Tribo dos Stankienambás (2000); Cidades Minguantes (2001); O Vazio no Olho do Dragão (2001). Contos, poemas e artigos culturais publicados em diversos veículos de comunicação: Correio Braziliense, Jornal Nicolau, Gazeta do Povo, Revista Planeta, entre outros.

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