Estou
publicando alguns poemas que escrevi em diferentes momentos de ebulição
social, política, cultural e mesmo pessoal. Ontem fiz a postagem de antes, um poema de 1978, escrito logo
após o espetáculo teatral “Jogos na Hora
da Sesta”, da dramaturga polaca Roma Mahieu. Hoje, ainda no recuerdo da
ditadura militar: Cerradoação.
Cerradoação
Joba Tridente (1981)
apesar
das chuvas insistentes (agora)
apesar do sol insistente (sempre)
apesar de (muita) gente insistente (por
hora)
o cerrado continua florindo,
mesmo serrado
até onde não exista mais caule
mesmo podado
o cerrado continua florindo
cerradoando a vida
aos descuidados do caminho
cerradoando a morte
*
ilustração de Joba Tridente
Joba
Tridente em Verso : 25 Poemas Experimentais; Quase Hai-Kai; em Antologias: Hiperconexões:
Realidade Expandida; 101 Poetas
Paranaenses; Ipê Amarelo, 26 Haicais;
Ce que je vois de ma fenêtre - O que eu
vejo da minha janela; Ebulição da
Escrivatura; em Prosa: Fragmentos da História
Antropofágica e Estapafúrdia de Um Índio Polaco da Tribo dos
Stankienambás; Cidades Minguantes; O Vazio no Olho
do Dragão. Contos , poemas e artigos
culturais publicados em diversos veículos de comunicação: Correio
Braziliense, Jornal Nicolau, Gazeta do Povo ,
Revista Planeta ,
entre outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário