No dia um de outubro comemora-se o Dia do Idoso. Como estou numa fase de
redescoberta de Olavo Bilac e
estamos (oficialmente) na Primavera estou compartilhando este seu belo soneto
que celebra a Natureza em todos nós: As
Velhas Árvores. Ele foi publicado em seu livro Poesias Infantis, de 1929, onde se encontram, também, as belas poesias
O Avô e A Velhice.
As
Velhas Árvores
Olha estas velhas árvores, — mais belas,
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera e o inseto à sombra delas
Vivem livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E alegria das aves tagarelas...
Não choremos jamais a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,
Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!
Olavo
Brás Martins dos Guimarães Bilac (16.12.1865 – 28.12.1918), jornalista,
escritor e membro fundador da Academia Brasileira de Letras (1896), onde ocupou
a cadeira 15, cujo patrono é o poeta Gonçalves Dias. É autor de Poesias
Infantis (1904 ou 1929); Teatro Infantil (?); Contos Pátrios (1904); Antologia
Poética (?); Crônicas e Novelas (1894); Tarde (1919); Crítica e Fantasia
(1906); Tratado de Versificação (1910); Dicionário de Rimas (1913); Ironia e
Piedade (1916); Conferências Literárias (1906).
Arte de
Joba Tridente
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