No final
dos anos 1970, “ausentado” de Brasília, trabalhava com cooperativismo em Ilhéus-BA.
Pouco antes de retornar ao DF, um amigo me ofereceu um livro de bolso com o
singelo título Cantigas Para Esquecer, do trovador Luiz Otávio,
publicado pela Editora Vecchi: Animado
pela boa acolhida ao meu livrinho “Trovas”, resolvi organizar este de maneira
idêntica. Assim, fiz uma seleção de trovas de minha autoria, aproveitando
algumas dos meus livros esgotados “Saudade... Muitas Saudade!...” e “Um Coração
em Ternura...”, e outras que eram ainda inéditas. Ajudaram-me nesta seleção
treze trovadores e sete leitores, de diversos pontos do nosso país e de
diferentes idades e profissões.
Cantigas Para
Esquecer traz cem trovas. Eu selecionei oito:
1
Para embalar o meu sonho
ou minha mágoa entreter
eu fiz, alegre ou tristonho
Cantigas para esquecer...
4
A trova, quando perfeita,
três reações pode causar:
a gente ri... ou suspira...
ou então fica a pensar...
5
Perder fortunas, amigos,
é uma tragédia na vida!
- Mas nada faz tanta falta
como a fé que foi perdida!
20
“Não chore, pois voltarei!...!
Eu disse, cheio de mágoa...
Quando, porém me virei
meus olhos se encheram d’água...
Luiz
Otávio (pseudônimo de
Gilson de Castro) nasceu no Rio de Janeiro em 18 de julho de 1916. Formou-se
pela Faculdade Nacional de Odontologia da Universidade do Brasil, no Rio de
Janeiro. Ainda jovem viu suas poesias e trovas publicadas em importantes veículos
como: Correio da Manhã, Fon Fon, O Malho, O Cruzeiro. Em
1967 fundou União Brasileira de Trovadores, que dirigiu até 1976. Luiz Otávio faleceu
em 31 de janeiro de 1977, em Santos-SP. Bibliografia: Saudade... Muita Saudade (Poesias – 1946); Um coração em ternura (Poesias – 1947); Trovas (1954, 1960, 1961) – traduzido para o francês por Osmar
Barbosa; Meus irmãos, os Trovadores (Coletânea
de 2.000 trovas de autores brasileiros - 1956); Cantigas para esquecer (Trovas – 1956, 1961); Meu Sonho Encantador (Poesia - 1959); Cantigas
dos Sonhos Perdidos (Trovas - s/d); Cantigas
de muito longe (Trovas – 1961); Trovas
ao chegar do Outono (Trovas – 1965); Decálogo de Metrificação (1975).
ilustração:
capa de Álvaro Alves Martins para a 2ª. edição.
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